Cinqüenta anos depois.
A mãe de Juan Preciado pede-lhe, antes de morrer, que vá procurar seu pai e cobrar dele o abandono em que viveram por toda a vida. O pai, ela diz, mora em uma grande propriedade chamada Media Luna na cidade de Comala, estado de Guadalajara, México. Chegando em Comala deve procurar Eduviges Dyada, que foi a melhor amiga de sua mãe e o ajudará a falar com o pai. O arrieiro Abundio guia Juan Preciado até a casa de Eduviges; no caminho conversam sobre seu pai:" -- O senhor conhece Pedro Páramo? Como é ele? -- perguntei.-- Um rancor vivo -- respondeu-me. "Esta resposta é todo o sentido da novela PEDRO PÁRAMO, de Juan Rulfo: apenas os sentimentos continuam vivos, seja o rancor, a cobiça, o ódio ou o amor, já que os personagens estão mortos. Juan Preciado é conduzido por um espírito a uma cidade fantasma e lá morre também, por puro terror. A partir daí o autor constrói uma trama em que conhecemos a história de cada habitante de Comala e da Media Luna, num estilo que chamam de Realismo Mágico ou Realismo Fantástico. Publicado originalmente em 2001 no e-zine 700km e republicado na comemoração dos 50 anos da obra.
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