sábado, 19 de janeiro de 2008

Tico e Teco. (Nadine e sua Cuba-Livre)

Tico e Teco.

Ferrer vacilou, adulterava coca que já era por demais adulteradas.

Ele revendia aos boys que caía no conto, mas os boys se ligavam de quem comandavam o despacho, fácil de rastrear qualquer rastro sobre a cocada.

Os próprios revendedores já adulteravam a doce cocada, quando eles passaram para o Ferrer, não imaginaram que ele ia deslizar na estupidez novamente. As balanças sambaram a nova adulteração da sede do Ferrer, Tico e Teco não contavam com isso.

Quando deram por si, Ferrer já tinha queimado mais da metade do produto, sobrara pouco para manter o crédito no mercado, Ferrer queimou o filme geral devendo uma enorme e impagável dívida a família.

Mas ele ainda tinha um trocado garantido no porta malas, na ilusão de manter uma possível fuga nas mangas como qualquer malandro faria, conseguiria resolver os problemas na ocasião de aperto. Não seia apenas mais um problema, era realmente o problema qualificado como tal.

Tico e Teco sabiam que Ferrer tinha um problema no carro por resolver para funcional direito e era previsível quem seria o mecânico de comum -onhecimento entre eles.

Marcaram o acerto de contas no horário comercial do funcionamento da oficina, seguiriam o rastro do Ferrer pela noite levando com eles o caderninho na mão e muita disposição.

Os mercadores estavam já de alerta com a mercadoria bichada do Ferrer, carta branca para a justiça ser feita por Tico e Teco.

Eles chegaram à conclusão de se valer da idéia do exemplo... doce veneno.

Teco:

-Porra meu irmão! O jornal vai papagaiar durante uma semana nosso lance com o Ferrer!

Tico:

-O que vai ser? Despachar o cara pro capeta numa mala-de-mão, pasteurizado como salsicha alemã?

Teco:

É claro que não! Isso não dá ibope! Rotineiro como macarrão no almoço, vamos resgatar um dos códigos dos velhos mensageiros.

Tico:

-Então o Quê?

Teco:

-Punição de caloteiro!

Tico:

-Não brinca! Tanta diversão assim?

Teco:

Pois é!

Tico:

Caraca! Isso não é muito higiênico! Se for você que for dar o trato tudo bem! Pois minha jaqueta jeans só tem duas semanas descabaçada meu caro irmão!

Teco:

Porra! Tú ta dando uma de boiola com estas frescuras todas de novo-rico! Vê se cuida ao menos da retaguarda para prevenir qualquer palhaça de efeito-surpresa.

Tico:

Tô dentro!

Cara! Para ressuscitar o velho código do caloteiro não deixa de ser um bom negócio, pois o preço da neve de bariloche vai rebolar como cambalacho! Vai esfriar menos ao vapor da qualidade do produto, mais crédito, encomenda, terceirização do serviço ao nosso comando, neguinho pagando mais caro para garatir que não vamos dar goela de que eles compram para render sobre nossa farofa, super-sensação meu irmão!

Teco:

É maninho! Além disso mais respeito na área com as gangs menores que vão ter que contribuir para manter a segurança sambando valsa, coalização de grupos menores é um possível monopólio que nossa dinastia não pode deixar de considerar como algo à mais ou a menos, autoridade moral e o escambau!

Se não for agora, quando é que vamos deslinchar meu irmão?

Numa manhã ou n’outra, somos nós que acordaremos com a boca cheia de formiga! Mas antes disso quero provar do melhor mel do paraíso! Não podemos? Não somos mortais também filhos de Deus a sua imagem e semelhança como cristo?

Tico:

-Cadê o otário?

Teco:

-Na mesma!

Tico:

-É nóis! Sou mais nós! E aí? Onde o Ferrer, salvador de nossa pátria, que poderá nos proporcionar o amanhã tão maravilhoso de irmãos fraternos e cristãos como uma boa ovelha para o sacrifício comum do bem estar de todos?

Teco:

-Tomando uma breja e tentado descolar uma buceta com o nosso pó no lugar de sempre. O Rapaz pensa baixo como de costume.

Tico:

Então é fácil colocar o projeto nos trilhos! Ficamos de Tocaia na padoca à uma quadra do pico dele, seguimos o rastro daquela caranga azul-berrante, e será como vovozinha aprendendo a bater ovos!

Teco:

Porra! Um cara que tem tal mau gosto com cor nem merece um bom dia de cumprimento! Azul Marinho! Só a linhagem dele mesmo para isso!

Tico:

Então? É de moto mesmo o rastilho? E se ele tiver companhia?

Teco:

Vai depender da companhia! Se não for uma piranha e ser um vapor, temos que deixar para outro dia, que o dia não vai deixar de ser outro dia, outro dia, outrodia né meu irmão?...mas hoje vamos colar na padoca de um jeito ou de outro como o dia faz, mano ! Pois estou a fim de comer um croissant de presunto.

Tico:

-Herrgh! Aquilo que você faz molhando no pingando é nojento e bizarro!

Teco:

-Bizarro e nojento é esse seu ataque de frescurite! Vamos pra padoca na sua moto que eu já estou de boca mole de fome e a cabeça cheia de merda como privada de tanto escutar suas baboseiras.

Tico:

- Que! Qualé meu irmã!!! Olha quem fala! Bota o capacete da cabeçuda da minha mina pra não ganharmos uma dura dos gambé e eu ter que pagar pro caixa por marcar touca no trânsito com sua cabeleira.

Treco:

-S’imbora! Quem fica parado é poste que de saco vazio não se para em pé!

Pois é! Croissant de presunto molhado no pingando é bizarro! Me poupa mano véio deste sacrilégio!

Teco:

Vou pensar no seu caso. Chispa daqui e vamos pra padoca!

Bruhhm!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ensaio da segunda parte de Nadine e sua Cuba-Livre.

Nadine e sua Cuba-livre.Parte II.

Nada pessoal e as suas circunstâncias das coisas que levou a pensar e causar tudo isto.

Nadine fora encontrada semi-nua e em estado-de-choque perto do carro de Ferrer que jazia estirado do lado esquerdo do carro que tinha sido estacionado perto de uma rua sem saída que terminava numa entrada de estação de trem do subúrbio.

Cena do crime: Uma garota em estado de choque, uma “vítima” de acerto-de-contas de traficantes como usuário do santo0d-pau-Oco que tentou passar a perna e tirar vantagem do negócio, calote (Imperdoável entre poderosos)

Método de execução: ritual de crueldade.

Tufo de cabelos perto de um dos pneus do carro, sangue, parte de massa encefálica exposta causado pelo impacto de bala de uma luger alemã varando o crânio que minutos antes tinha sido escalpelado a sangue frio e lento. Nadine presenciara isso depois de estuprada por um dos seus carrascos.

A cena do crime, aquilo que é comum aos policias que sempre carregam um ar blasé e piadas sem graça diante da cena com correria de enfermeiros, rabecão, peritos, jornalistas, fotógrafos e freelancer de investigação civil, etc.

Numa das coisas, os policiais estavam intrigados diante da cena do crime que os incomodava estranhamente, pergunta que levantava a mesma pergunta do qual a sobrevivente balbuciava para si mesma num monólogo parafrêneticamente perdida em algum mundo como depois de um cataclismo :

-Por que não a mataram também?

Ela também falava para si como uma terceira pessoa.

Até parecia que os policiais desejavam que a estivesse morta, mas é que isso não batia com vítimas de estupro, seguido de testemunha ocular de homicídio.

-Por que não a mataram também?

Através de terceiros a polícia obteve informações sobre Nadine que estava inapta de responder a qualquer coisa. Ía moscar um tempão numa casa psiquiátrica de recuperação dos quais muitos sabem que pouco recupera de quê na verdade.

A policia não pensou duas vezes em seguir ao que já estava claramente apontado como acerto-de-contas e fechar o caso, já sabiam quem era um dos bandidos, o vacilão deixara lá na cena do crime uma lata de coca- cola com digitais. Como provavelmente o executor não era primário no crime, agora só restava a digital bater com o de algum Mané que tivesse registro no mundo do banco de dados de ficha criminal da policia.

Todo esquema sobre a verdade das coisas estava forjado.

Depois era só enviar para toda rede da grande família das corporações da república das coxinhas.

Fácil-fácil como purê de Batatas!

Porra ! Este Ferrer também foi muito Mané também, seu vacilo custou mais uma doida no mundo quase em estado vegetação, se tiver sorte, sai desta situação com algumas poucas seqüelas, afinal o que nos resta? A religião?Sporte? Política?Os noticiários? A filosofia? Ou escratagem?

O jeito é governar tudo.(continua).

Pois é Mané!

Pois é!