domingo, 4 de julho de 2010

Continuação Nadine: "O Médico Legível"


"O médico legível"
O médico legista de nome Asthor recebeu a carcaça de Ferrer desovado pelo rabecão que o recolheu do local em que obtivera sua banal sentença de morte executado por seus algozes Tico e Teco, que por milagre não aplicara a Nadine que estava no local, semelhante sentença para apagar testemunha já que ela ficara imbecil(Estado de Choque) como se seqüestrada sua razão para outro universo, a misericórdia não é uma prática a não ser quando tem um "Código de Honra" por manter, no caso da Nadine, a situação é que seria como se ataca-se uma criança, e eles por mais filhos da puta que fossem tinham crianças e queriam bem a elas e a de seus parceiros, só querendo trucidar a dos inimigos como vira ser a justiça do "velho testamento escrito por judeus" Esse não era o caso da Nadine que cometera a burrice de ter dado atenção devido a excesso de carência e este mané que condenado pelo tribunal do criminosos por traição após Ferrer ter tentando passar-los para trás na adulteração de sua remessa de cocaína tentando lucrar paralelamente vendendo o excedente nas noitadas dos loucos da rua Augusta, qual Ferrer tinha que fazer a ponte aos receptadores fiéis do grupo que logo atestaram sua falsificação não deixado outro destino a Ferrer de ser julgado por esses doutores da lei no mundo do crime.

A carcaça de Ferrer chegara aí ao médico legista como a chegada a seu santuário onde ele era o Monge guardião. Centenas de corpos de jovens infelizes executado chegava alí mensalmente com escoriações das mais diversas. Mas a carcaça de Ferrer trazia sinais de mutilações até então novas ou desconhecidas até aquele dia por seus olhos, escalpelado vivo. Que disposição a desses criminosos! Dizia a sí mesmo com cadáveres entre-dentes, não era bem um cadáver mas ele mordiscava um big-Lanche Beirute com seu mundo de riquezas de condensada gordura e graxa... que até então só lubrificara suas artérias, ainda o não entupira de vez para dar cabo de sua vida medíocre como médico legista com um infarto fulminante causado por essas guloseimas cancerígenas.

Ele observava enquanto devorava seu lanche a carcaça de Ferrer em que raciocinava com seus olhos papudos e aguçados como de Gaviões em pleno vôo pousar sobre as as características sobre o corpo do Ferrer, realmente as características eram "nobres", cisões nobres, que só tivera visto em seus doutos livros de estudos de anatomia e estes quentes detalhes o recheara de novos e palpáveis conhecimentos, elas pareciam reluzir sobre seus olhos mortíços e cansados. Tão ricamente prazeroso quanto seu conhecimento ao seus degustar do seu Beirute. ele Adaptava suas pupilas as minúcias como se estivesse a faze-lo com uma maquina fotográfica clássica da fotografia profissional, acertando e medindo a entrada de luz no diafragma, observando com cuidado e carinho o seu objeto de observação, traços, textura, densidade de luz, contraste nos fios dos corte como se a fazer um mapa imaginário reluzente e psicodélico hielogrifados sob a couraça de Ferrer.

Que ironia, Ferrer a vida inteira engoliu dos seus que seria um inútil a vida inteira. redarguiu a seus parceiros de pelada que o escroteava como se em lugar de um sincero insulto alí esconde se a certeza de uma confissão silenciosa coletiva qual todos tinha medo de pensar por muito tempo quanto ao futuro e destino de todos nessa roda-viva, fosse a certeza de todos qual dirigia a Ferrer só para não pesar tal tormento sobre sí e atrapalha se o jogo em meio a gargalhadas irônicas frente a inocente brincadeira na quadra de futebol esburacada de seu bairro em qualquer periferia igual da cidade. "Inútil o caralho vou ser tão importante que serei motivo de estudos de gente importante, seus manés!" - respondia aos berros Ferrer;
"e aí depois disso, vou comer a mãe e as irmãs de todos vocês seus panacas!!!" e sai correndo e rindo por sua vez para fugir da malhação coletiva...
Bom, só comeria agora se fosse como os vermes antropófagos que abriria um novo ciclo de regeneração da vida.
Asthor tinha um novo desafio perante a este banquete todo, fazer seus apontamentos do que decifrara em seu caderno de anotações, desafio porque ele deparava com um problema adquirido em suas seções de Fisioterapia intensiva.

Ele recuperara de seus movimentos após um acidente vascular cerebral qual resultou numa parcial paralisação de seus membros de um lado do corpo.
Com bons resultados da sua recuperação com a fisioterapia seus movimentos voltaram ao normal, mais que normal, pois não conseguira escrever como antes, ele agora escrevia tão corretamente e legível que ele não mais compreendia em suas anotações e diagnósticos, as vezes se perguntava se ele não entendia se era sua escrita ou se o que impedira de interpretar o que ele escrevera era alguma seqüela do AVC causado em sua mente de forma não perceptiva.

O fato é que não era mais o mesmo, não conseguia ele entender por mais legível o que fosse sua escrita, ela já não era a sua escarafunchada, rabiscada, corrida e garranchosa letra de doutor como era antigamente deixando surpreso qualquer paciente que por vezes perguntava se aquela escrita era Escrita, Desenho ou outra coisa. Ele com a duvida de terceiros ficara por satisfeito, seguro de si como se um enigmático doutor sem o descobri-lo e decifrá-lo como um intocável, superior.Um deus incógnito!
Isso para ele pesava como se chegara o fim de sua brilhante carreira de Médico legista onde ironicamente o diagnosticara de "aposentado medico Legista Causa mortis por se tornar médico legível."

Mas agora não tinha mais "Letra de Médico", agora tornou-se um"Legível". Ferrer era sua chance de encerrar sua carreira sem carrergar o peso de ser um profissional vulgar, de uma vida vulgar.
E Ferrer de ter sido um importante objeto de estudo com um epitáfio a contra gosto de uma bela e legível caligrafia de doutor.

TAI: Todo Amor aos Ianques!!!

Ogro Lunar 04 de Julho de 2010

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