JOSÉ ORTEGA Y GASSET
O grande filósofo espanhol, criador da doutrina do racio- vitalismo e um dos mais profundos investigadores dos problemas do homem e da sociedade, nasceu em Madrid em 9 de maio de 1883 e, faleceu em 18 de outubro de 1954.
Abaixo, uma seleção sintetizada dos seus pensamentos:
Ódio e amor são dois gêmeos inimigos, idênticos e contrários.
O pensamento não é a função de um órgão, mas a faixa exasperada de um ser que se sente perdido no mundo e quer se orientar.
Viver é ter caído prisioneiro de um contôrno inexorável. Vive-se aqui e agora. A vida é, neste sentido, absoluta atualidade.
A vida é constitutivamente um drama, porque é sempre uma luta frenética a fim de conseguirmos ser de fato o que somo em projeto.
Não existe maldade criadora. Todo ato perverso é um fenômeno de compensação que busca o ser incapaz de criar um ato espontâneo, autêntico que brota do seu Destino.
O homem está condenado a não poder ser fundamentalmente feliz se não consegue sê-lo à maneira do seu tempo.
A vida, que é a permanente criação do futuro, é, ao mesmo tempo, reforma permanente do passado; quer dizer que se vive o passado como tal, de maneira diferente em cada época.
Contrariamente ao que crêem os pessimistas, todo erro é um valor que vem aumentar os nossos haveres. Em vez de chorar sobre ele convém explorá-lo. Por isso é preciso que resolvamos estudá-lo a fundo, descobrir, sem piedade, as suas raízes e construir energicamente a nova concepção das coisas que isto nos proporciona.
Sempre que o homem atual encara a vida passada vê, para os problemas que a perturbaram, as soluções, melhores ou piores que tiveram tais problemas. Isto significa que toda a vida passada se apresenta como mais fácil, menos angustiante do que a atual: é uma charada cuja solução possuímos de antemão.
Isis- a de dez mil nomes- era como chamavam os egípcios a sua deusa. Toda realidade de certo moto o é. Seus componentes, suas facções são inumeráveis. Não é audácia, com tantas denominações, querer definir uma coisa, por mais humilde ?
A história não é recordação, mas uma reconstrução intelectual do passado.
O grande filósofo espanhol, criador da doutrina do racio- vitalismo e um dos mais profundos investigadores dos problemas do homem e da sociedade, nasceu em Madrid em 9 de maio de 1883 e, faleceu em 18 de outubro de 1954.Abaixo, uma seleção sintetizada dos seus pensamentos:
Ódio e amor são dois gêmeos inimigos, idênticos e contrários.
O pensamento não é a função de um órgão, mas a faixa exasperada de um ser que se sente perdido no mundo e quer se orientar.
Viver é ter caído prisioneiro de um contôrno inexorável. Vive-se aqui e agora. A vida é, neste sentido, absoluta atualidade.
A vida é constitutivamente um drama, porque é sempre uma luta frenética a fim de conseguirmos ser de fato o que somo em projeto.
Não existe maldade criadora. Todo ato perverso é um fenômeno de compensação que busca o ser incapaz de criar um ato espontâneo, autêntico que brota do seu Destino.
O homem está condenado a não poder ser fundamentalmente feliz se não consegue sê-lo à maneira do seu tempo.
A vida, que é a permanente criação do futuro, é, ao mesmo tempo, reforma permanente do passado; quer dizer que se vive o passado como tal, de maneira diferente em cada época.
Contrariamente ao que crêem os pessimistas, todo erro é um valor que vem aumentar os nossos haveres. Em vez de chorar sobre ele convém explorá-lo. Por isso é preciso que resolvamos estudá-lo a fundo, descobrir, sem piedade, as suas raízes e construir energicamente a nova concepção das coisas que isto nos proporciona.
Sempre que o homem atual encara a vida passada vê, para os problemas que a perturbaram, as soluções, melhores ou piores que tiveram tais problemas. Isto significa que toda a vida passada se apresenta como mais fácil, menos angustiante do que a atual: é uma charada cuja solução possuímos de antemão.
Isis- a de dez mil nomes- era como chamavam os egípcios a sua deusa. Toda realidade de certo moto o é. Seus componentes, suas facções são inumeráveis. Não é audácia, com tantas denominações, querer definir uma coisa, por mais humilde ?
A história não é recordação, mas uma reconstrução intelectual do passado.
2 comentários:
O Pridie Kalendas têm a honra, o privilégio, a satisfação em divulgar fragmentos, da vida de José Ortega Y Gasset, um dos maiores aforistas da humanidade.
(1883 Madrid, Espanha - 1955 Madrid, Espanha)
José Ortega y Gasset foi um filósofo espanhol que também actuou como activista político e como jornalista.
Filho de uma família da alta burguesia, fez seus primeiros estudos junto de padres jesuítas. Graduou-se e doutorou-se em Filosofia na Universidade Central de Madrid em 1904, após breve passagem pela Universidade de Deusto, em Bilbao. Dali seguiu para a Alemanha, onde seria influênciado pela escola de Marburgo, que tinha por figuras principais Hermann Cohen e Paul Natorp e que tinha forte inclinação pelo idealismo.
Em 1910 obtém a cátedra de Metafísica na Universidade Central de Madrid. Em 1917 torna-se colaborador do jornal El Sol, onde publica os seus ensaios España Invertebrada (1921) e La rebelión de Las Massas (1930). Funda a Revista de Occidente em 1923 e é responsável pela tradução de grandes autores contemporâneos da Filosofia, como Edmund Husserl, Oswald Spengler, Georg Simmel, Hans Driesch e Betrand Russell.
Nos seus trabalhos, critica o racionalismo levado aos extremos e defende a importância da existência de indivíduos tolerantes e não de massas homogénias, medíucres e sem ideologia. A sua visão reflecte muito a crítica lançada por liberais do século XIX, como Mill e Tocqueville contra a democracia levada ao extremo. Ortega Y Gasset confirma que o medo destes autores se tornou realidade com o nascimento dos movimentos de massa dos seus dias (nazismo e comunismo). Os verdadeiros liberais, defende, nunca defenderiam a democracia maioritária pura, por quererem também defender os direitos das minorias e o individualismo. Muito desapontado, escreveu "o Liberalismo - é bom recordar - é a suprema forma de generosidade: é o direito que a maioria concede às minorias e por isso, o grito mais nobre que alguma vez se ouviu no planeta. Anuncia a determinação para partilhar a existência com o inimigo, mais do que isso, com um inimigo que é fraco. É incrível que a espécie humana tenha chegado a uma atitude tão nobre, tão paradoxal, tão refinada, tão acrobática, tão antinatura. Consequentemente, não é de admirar que a mesma humanidade queira ver-se livre dele. É uma disciplina demasiado difícil e complexa para ganhar raízes na terra". Quando a república falha e é derrubada pelo General Franco em 1936, Ortega y Gasset já tinha fugido para o estrangeiro (primeiro para França, posteriormente para a Argentina e para Portugal). Apenas regressa a Espanha pouco tempo antes da sua morte, devido a um cancro.
Bibliografia
Ortega y Gasset, José - Rebelião das Massas. Lisboa . Relógio d`Agua. 2000 ( S.Paulo, Martins Fontes 2002)
Ortega y Gasset, José - O que é o Conhecimento ?. Lisboa. Fim de Século. 2002
Ortega y Gasset, José - Desumanização da Arte e Outros Ensaios sobre Estética. Coimbra. Almedina
Ortega y Gasset, José - Adão no Paraíso e Outros Ensaios de Estética. Cortez Editora. 2002
Ortega y Gasset, José - O Que é a Filosofia ? Lisboa. Cotovia. 1995
Ortega y Gasset, José - História como Sistema: Mirabeau ou o Político. UNB. 1982
Ortega y Gasset, José - Estudo sobre o Amor. Lisboa. Relógio d`Agua. 2000
Ortega y Gasset, José - Ideia de Teatro (A ). Lisboa.
Ortega y Gasset, José - O Homem e a Gente. Libro Ibero. 1973
Ortega y Gasset, José - Meditações do Quixote. Libro Ibero. 1967
Ortega y Gasset, José - Missão da Universidade. Rio de Janeiro. UERJ. 1999 (Lisboa, N.A. 2003, inclui outros textos).
Ortega y Gasset, José - Quatro Textos Excêntricos. Lisboa. Relógio d`Agua. 2000
Ortega y Gasset, José - Sobre a Caça e os Touros. Lisboa. Cotovia. 1995
Ortega y Gasset, José - Em Torno de Galileu. Petrópolis. Vozes.
Este artigo deriva totalmente ou parcialmente de um artigo da Wikipedia.org.
Oiee, To precisando de ajuda,alguem podi me mandar um resenha do Livro a Desumanização da Arte(Ortega y Gasset)...Por favor me ajudem! Obrigada
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