quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Teste: As Parabellum Portuguesas

As Parabellum Portuguesas

Jaime Regalado

IntroduçãoPortugal toma um lugar digno de referência na história mundial da pistola Parabellum, não apenas por ter sido um dos primeiros países a efectuar testes e a adoptá-la como arma regulamentar, mas ainda por a ter mantido ao serviço durante mais tempo.No final do século XIX, com o advento das pólvoras sem fumo, foi possível conceber com sucesso armas ditas semi-automáticas, em que as forças associadas ao escape de gases da explosão são aproveitadas para ejectar o invólucro vazio, armar o mecanismo de percussão e introduzir uma nova munição na câmara de disparo. Destacam-se alguns sistemas, particularmente engenhosos, como o da pistola Bergmann, Roth, Mannlicher, Schwarzlose e Borchardt. Todas estas armas usavam contudo sistemas mecânicos bastante complexos, carentes de manutenção e cuidados na utilização que as afastavam ainda da utilização militar.Nos últimos anos do séc. XIX, o engenheiro austríaco Georg Luger (1849-1923) da fábrica de armas Deutsch Waffen und Munnitionfabrik - DWM, antigo oficial, atirador dotado e conhecedor das características que uma arma militar devia possuir, redesenhou de uma forma feliz a algo deselegante mas sofisticada pistola, concebida por Hugo Borchardt, transformando-a na mundialmente conhecida pistola Parabellum.Outras armas foram igualmente objecto de estudo e aperfeiçoamento por parte de Georg Luger, nenhuma contudo atingiu o sucesso da pistola Parabellum, que, em muitos países, é conhecida por pistola Luger.Os primeiros países a adoptar a pistola Parabellum como arma regulamentar foram a Suiça e a Bulgária, em 1900, antes mesmo da Marinha de Guerra Alemã, que a adoptou apenas em 1904. Foi precisamente após a sua adopção pela "Kriegsmarine" que uma série de outros países da Europa, América do Sul e mesmo os Estados Unidos da América se interessaram por esta arma e deram início a uma série de ensaios comparativas.
A Pistola Parabellum em PortugalEm Portugal, os primeiros ensaios com a pistola Parabellum, com o objectivo de equipar os oficiais o Exército com uma pistola automática, decorreram em 1906. A comissão de oficiais de artilharia nomeada para o efeito, presidida pelo Coronel Matias Nunes, foi unânime em reconhecer que esta arma era a que melhor satisfazia os requisitos propostos, tanto a nível balístico como de funcionamento em geral.Para estes ensaios foram adquiridas 30 pistolas Parabellum, modelo 1900, em calibre 7,65 mm parabellum e com cano de 120 mm . É notavel o cuidado posto pela DWM no fabrico destas armas pois, ainda que para testes, receberam a coroa e o monograma de D. Carlos I gravado na superfície exterior sobre a câmara .
www.viriatus.com/Parabellum.asp

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